sábado, 22 de outubro de 2005

Meu time de futebol favorito

Eu sempre disse que acompanho o Deep Purple com o mesmo interesse com que qualquer outro marmanjo acompanha seu time de futebol favorito. Mas esta é a do ano. Na revista Flashback que está nas bancas (com o DVD dos Trapalhões e capa sobre videogames), página 52, está uma das maiores pérolas purpleanas que eu já vi. Rivaliza com a foto do Ian Gillan recebendo o George Harrison com uma meia no pinto, e fica pau a pau com o clipe de Call of the Wild.

É simplesmente uma foto de Ritchie Blackmore, Roger Glover e um grandão bigodudo que eu tenho dúvidas sobre se é o Jon Lord, mais alguns caras, todos com camisetas do Grêmio pra jogar em São Paulo. Isso na turnê de 1991, em que o Turner ("coitado, tem menos voz que a Xuxa", nas sábias palavras de André Forastieri) fez fiasco e o Blackmore bancou a maior prima-donna no palco.


Eu sempre ouvi falar nessa foto. Nunca tinha visto, então achava que non eczistia. Primeiro, porque eu sou colorado - ainda que não praticante. Depois, porque em Porto Alegre, terra do time, eu vi de longe o genioso gênio entrando no Gigantinho pra passar som, e ele não usava camiseta do Grêmio (no Celeiro de Ases, também, seria temerário). Ainda assim, eu tinha dúvidas: no encarte do vinil de Slaves & Masters, o disco que eles estavam promovendo com a turnê, além do instrumento ainda era informada a posição em que cada um deles jogava. Pois.

Além de publicar a foto, o jornalista André Barcinski conta a história do insólito encontro e bate o martelo:

"Ritchie Blackmore é uma das pessoas mais intratáveis e antipáticas que já conheci. (...) [No jogo,] Blackmore comportou-se como uma mistura de Hitler e Eurico Miranda - escolheu os times, as posições de cada um e o lado do campo. (...) Nesse jogo, aconteceu uma coisa inédita no futebol: quando o zagueiro do time adversário deu uma entrada maldosa em Blackmore, foi aplaudido - pelo próprio time de Blackmore!"

Vale a pena desembolsar uns caraminguás pra ler a história na íntegra. Por R$ 29,90 (eu sei, é salgado), o cidadão ainda leva um DVD com os melhores momentos dos Trapalhões. Eu não tenho DVD, então dei uma chorada e paguei R$ 14,95 só pela revista.

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